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Alegrete, Centro do Mundo,
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13 de setembro de 2011

Mais de 4 mil cavalarianos na chegada da Chama Crioula no Alegrete


Foto: Carlos Eduardo Teixeira (Dumbo) - CLICA PRA AUMENTAR
 A manhã da terça-feira, dia 13 de setembro, iniciou com o trote largo dos potros que tomaram conta do centro baitachãozense para a chegada da Chama Crioula aos pagos do Alegrete. Reunidos em frente ao Monumento do Expedicionário, na Praça Imperial Getúlio Vargas, um pequeno grupo de QUATRO MIL cavalarianos foi garantir uma chama da centelha Farrapa.

Foto: Carlos Eduardo Teixeira (Dumbo) - CLICA PRA AUMENTAR
 
Para não deixar ninguém sem garantir a sua parte na Chama Crioula, a organização do evento confirmou que vai bater de casa em casa nas províncias do Alegrete distribuindo as fagulhas sagradas que garantirão o fogo para o assado no dia 20 de setembro.

Foto: Carlos Eduardo Teixeira (Dumbo) - CLICA PRA AUMENTAR

Há boatos que a chegada da Chama Crioula foi um ensaio para o Desfile Farroupilha, mas desde já avisamos que os tradicionalistas alegretenses têm ensaiado durante o ano todo para a perfeita homenagem ao orgulho gaúcho. A previsão é que na próxima terça-feira (dia 20), o número de cavalarianos nas ruas do Baita Chão supere a média do ano passado que foi de 8.500 alegretenses. Sem contar os Desfiles que acontecem na Vila de Uruguaiana e na Estância de Passo Novo.

Foto: Carlos Eduardo Teixeira (Dumbo) - CLICA PRA AUMENTAR

6 de setembro de 2011

Festejos Farroupilhas

Setembro é o mês que Alegrete se guarnece dos sentimentos mais aguerridos para celebrar a Revolução Farroupilha da qual foi ativamente integrante. O Baita Chão, sendo a 3ª Capital Farroupilha da República Riograndense e atualmente a sede do Império do Pampa, celebra neste mês todo os ideais e lutas do povo gaúcho e alegretense.

Os festejos terão seu ápice no dia 20 de setembro quando mais de 8.500 cavalarianos desfilarão pelas ruas do Baita Chão. Vale lembrar que o Alegrete detem o maior Desfile Farroupilha do Rio Grande do Sul, por consequência o maior do Brazil e, assim sendo, o maior Desfile do Mundo. E que estamos em 2º lugar no Guinnes Book no que se referece a maior concentração de homens e cavalos reunidos, perdendo somente para a Guarda Real da Rainha da Inglaterra. Ô Presidente Erasmo Tremendão, tem que ver isso aí, hein!

CTG Farroupilha, marco Mundial do tradicionalismo Alegretense
A concentração acontece na Rua das Tropas, homenageando os tauras que cruzavam o Baita Chão levando e trazendo gado. Bailes gaúchos aconteceram por todos os cantos do Alegrete, o CTG Farroupilha informa que o gaiteiro só vai parar de tocar na hora que o salão estiver vazio. Ou seja, dê-lhe baile.
Também já estão sendo preparadas as 100 toneladas de carne (nada que vá desfalcar o rebanho alegretense, é tudo pra fazer um agrado à população local e visitantes dos outros países e vilas). Os aviões agrícolas que irão salgar o churrasco já estão sendo abastecidos. Vinte retroescavadeiras já começaram os trabalhos no Parque de Exposições para fazer as valas onde será assado o churrasco.

Que venha a Semana Farroupilha!

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Márcia Pilar - Correspondente Internacional   
Direto da Central de Jornalismo do Baita Chão News em Três de Maio/Santa Rosa

5 de setembro de 2011

Há nazistas no Alegrete?

Não são só Países do resto do Mundo que está sofrendo ataques de revoltosos. O Baita Chão, apesar de seu povo pacífico, também dá indícios que nem mesmo a nossa terra Farroupilha está livre da manifestação de contrários.

A estátua do nosso Manequinho (Coronel Manoel de Freitas Valle), localizada no centro da Praça Getúlio Vargas foi vítima de uma pichação nazista. É isso mesmo?! Há nazistas no Alegrete?


Foto: Fabio Boeira

Com a suástica (símbolo do Nazismo) pichada em um dos marcos do nosso Baita Chão, a resolução do caso cabe agora à B.A.R.B.A.R.I.D.A.D.E (Brigada Alegretense Revolucionária Blindada e Arregimentada de Responsabilidade), que foi devidamente ativada.

Pauta indicada pelo leitor  Fabio Boeira

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Márcia Pilar - Correspondente Internacional   
Direto da Central de Jornalismo do Baita Chão News em Três de Maio/Santa Rosa

26 de agosto de 2011

Não me perguntes!

Deixo aqui uma crônica do jornalista e escritor David Coimbra que muito me agrada e que desenha muito bem esse nosso bairrismo amor exarcebado por este chão. 


Não me perguntes! 
            David Coimbra
     Meu pai era do Alegrete. Chamava-se Gaudêncio, nome bem alegretense. Pegava touro a unha, por Deus. Agarrava o bicho pelas guampas, derrubava-o na terra e o amarrava bem amarrado que escoiceada nenhuma o soltava.
     Meu amigo Amilton Cavalo é outro do Alegrete. O pai e a mãe dele também têm nomes gaudérios: Hormain e Oraides. Gaudêncio, Hormain e Oraides, ala fresca! Sei, por isso, que os alegretenses se acham especiais por serem alegretenses. O jornalista e professor Marques Leonan, mais um que se ufana de ter nascido nas quebradas do Inhanduí, sempre pergunta, quando alguém diz ser de lá:
- Mas tu és do Alegrete mesmo ou estás te exibindo?
E um dos nossos vice-presidentes aqui da RBS, o Afonso Motta, quando soube que meu pai se criou vendo o sol mergulhar no rio Ibirapuitã, me abraçou, comovido.
     - Eu sabia! - exclamava, batendo-me nas paletas. - Eu sabia!
     No Alegrete, quem não é jornalista é poeta. Ou derruba touro a unha. Ou é o maior contista do Brasil, como o Sérgio Faraco. Pois o Faraco, em priscas eras,
organizava o caderno literário da Gazeta de Alegrete. Da qual era editor-chefe um famosíssimo jornalista que ora refulge em Zero Hora, o Moisés Mendes. O Moisés era um guri, 18 anos de idade, e já luzia como editor. O Faraco, porém, dispunha de autonomia completa no caderno, ele decidia quem seria publicado ou não. Um leitor mandava um conto e o Faraco respondia através do jornal: "Tem condições de ser publicado, aguarde".
Ou: "Está fraco, vai para o arquivo-morto, tente melhorar".
Bom. Um dia, o Moisés escreveu um conto e mandou para o Faraco. Que só rosnou:
- Vai ser difícil.
O Moisés meio que perdeu as esperanças. Que fazer?...
Mas, meses depois, o Faraco chegou com a notícia:
    - Teu conto será publicado.
 O Moisés exaultou: - Que maravilha!
- Só que tem o seguinte - advertiu o Faraco: - Mudei o final.
O Moisés estacou: - Como assim, mudou o final?
- Mudei. O final é outro. Mudei – sentenciou o Faraco, e já se foi, nem deixando tempo para o Moisés argumentar.
    Coitado do Moisés ficou lá, a suspirar, pensando: o cara mudou o final do meu conto, ele estragou o meu conto... 
De fato, o conto saiu com final diferente. O Moisés não falou nada. Conformou-se. Tem o conto guardado até hoje, sente até algum orgulho dele. Afinal, foi um conto arrematado pelo melhor do Brasil. Mas, o mais importante: um melhor do Brasil que é do Alegrete!


13 de agosto de 2011

Ídolo alegretense


Comprovando que talento é nato a todo cidadão baitachãozense, e como não poderia deixar de ser, Alegrete emprestou sua magia futebolística para o Rio Grande do Sul, que assim teve seu primeiro jogador convocado para a seleção brasileira que disputaria a primeira Copa do Mundo (realizada na República Co-Irmã, Uruguay em 1930).

Moderato Visintainer nasceu no Baita Chão em 14 de julho de 1902, começou a mostrar seu talento nas gloriosas e formadoras de caráter canchas alegretenses, depois defendeu o “14 de Julho” da vizinha Santana do Livramento. As principais páginas de sua história foram escritas com a camisa do Flamengo, do Rio de Janeiro.

Moderato foi contratado pelos cariocas em 1923 e fez sua estréia frente ao Botafogo, quando os rubro-negros, já inspirados pela força alegretense, goleou por 4 x 1. Mas o fato que o faria entrar para a galeria dos maiores ídolos flamenguistas (e provar que com alegretenses não se brinca) viria em 1927, quando o Flamengo conseguiu uma inacreditável recuperação no Campeonato Carioca após sofrer derrotas históricas no começo da competição. O clube mais popular do Brasil em confronto com o outro líder do campeonato, América, precisava vencer para sagrar-se campeão, porém estava desfalcado de seu principal jogador, Moderato, que após uma crise de apendicite fora submetido à cirurgia.

Sob a benção do deus Ibira-Puitã, Moderato Visintainer, decidiu que participaria da partida mesmo em recuperação, e assim o fez. Com uma cinta para proteger (?) os pontos da operação, o alegretense não só entrou em campo como marcou o gol que deu o título de Campeão Carioca ao Flamengo. Tal feito tornou-se público tempos depois e Ruy Castro definiu a idolatria pelo jogador: “A idéia de que Moderato pudesse morrer em campo, com os pontos estourados e o sangue confundindo-se com o vermelho da camisa – tudo isso pelo Flamengo – era demais para o homem comum”.

Como se não bastasse, o jogador foi convocado para a primeira Copa do Mundo (o que o faz não só o primeiro jogador gaúcho a disputar um Mundial, mas também o primeiro atleta do Flamengo convocado), onde jogou uma partida e marcou dois gols (golaços, diríamos nas cabines do Estádio Monumental Farroupilha) na vitória do Brasil sobre a Bolívia.

Após a Copa do Mundo, Moderato deixa o Flamengo e retorna ao Alegrete, onde chega ao vice campeonato gaúcho defendendo o glorioso Guarany.

- Destaca-se o domínio alegretense em Copas do Mundo pois apenas quatro gaúchos marcaram gols nesta competição, sendo três nascidos na região alegretense: Moderato (Alegrete), Francisco Aramburu - Chico (Distrito de Uruguaiana), Branco (Bagé) e o ex gaúcho Ronaldinho Carioca.


* História verídica.

Centro de Registros Históricos BCN.